PENSAMENTO DO DIA
“Ninguém cruza nosso caminho
por acaso e nós não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão”. Chico
Xavier.
MMA: PENAPOLENSE RICARDO
RIBEIRO LUTARÁ DOMINGO!
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Equipe de Ricardo Ribeiro com Maldonado e Turquinho |
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Ricardo Ribeiro "Incrível" |
MMA: BRIGA ENTRE WANDERLEI
SILVA E CHAEL SONEN
Após os incidentes
vergonhosos e lamentáveis ocorrido na briga e não luta entre Wanderlei Silva e
Chael Sonnen, a imensa maioria da torcida brasileira é, agora, para o norte
americano. Motivos não faltam, especialmente por conta da falta de postura,
respeito, ética e excesso de agressividade do brasileiro num programa que, a princípio,
deveria zelar pela coerência e exemplo de saúde (física, tática, técnica e
mental) na preparação esportiva das artes marciais. Wanderlei deveria
rapidamente descobrir, tratar, cuidar e controlar os motivos que promovem esse
desequilíbrio emocional ao se encontrar com Sonnen. Afinal, é uma irritação
absolutamente descabida e desproporcional. O que será que o brasileiro projeta
na presença do americano? Inveja, despeito, inferioridade ou vaidade? Seja o
que for, não justifica os episódios de provocação que culminaram numa
verdadeira “briga de rua” em que o assistente de Wanderlei entrou na confusão
e, em vez de ajudar a separar, bateu covardemente em Sonnen. Apesar do
programa só ir ao ar próximo da meia noite, muitos jovens assistem e consomem
esse produto massificado nos contornos da violência e da ignorância banalizada
num perigoso senso comum. Há pouco foi divulgada uma campanha nos Estados
Unidos sob o slogan de “children see, children do” (criança vê, criança faz). A
violência (verbal, física e moral) desenfreada no TUF é facilmente assimilada e
reproduzida pelas crianças e adolescentes que acompanham o programa. Para boa
parte delas, o MMA é a chance de externar toda agressividade represada nas
fases e esferas de seus desenvolvimentos humanos. Não podemos esperar
responsabilidade social da Rede Globo que, desde sua fundação, primou por
conteúdos e formatos jornalísticos atrelados exclusivamente aos interesses
financeiros e políticos. O TUF é apenas mais uma bola fora dessa emissora. No
campo esportivo e numa análise criteriosa com conhecimentos mínimos de MMA e é
fácil comprovar que a nota zero em termos técnicos e táticos de boa parte dos
atletas é uma realidade incontestável. Fica sempre aquela impressão de dois
fortes brigões num octógono cercado por câmeras, patrocinadores, ex-atletas no
papel de motivadores e um caminhão de dinheiro que move esse circo
absolutamente contrário às raízes históricas, éticas e filosóficas do esporte.
O que vemos hoje é uma porção de barbaridades que danificam e banalizam qualquer
possibilidade de se entender as bases legítimas (psicológicas, históricas e
sociais) do “fazer esporte”. É preciso respeito e educação. Ao menos para
começar. Este texto foi escrito por João Ricardo Cozac, psicólogo do esporte e
presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte. Faço deste conteúdo
minhas palavras sobre este fato lamentável que ocorreu.
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