sexta-feira, 29 de junho de 2018

29 de Junho. SEXTA QUE SEGUE E O SHOW? ESSE VAI SEMPRE CONTINUAR!


PENSAMENTO DO DIA

“A maior riqueza que um ser humano pode ter são as verdadeiras amizades”.
Alex Luis de Oliveira, nascido em Penápolis, interior de São Paulo, uma cidade pequena com aproximadamente 90 mil habitantes. Desde pequeno, eu jogava bola na vila com os moleques, foi então que um dia, os grandes amigos Marcão e o Saci, resolveram fazer um time de futebol e tirar a molecada da rua. Correram atrás de patrocínios para manter o time treinando. Eles sempre tiveram cabeças avançadas, queriam incentivar todos os moleques que não era só o futebol que dominava o Brasil, mas todos os outros esportes tinham a mesma chance. Foi então que entraram em contato com os irmãos Massao e Daniel Shinkai da Academia Saikoo Jiu-Jitsu para incentivar as crianças a praticarem outra modalidade de esporte. O professores aceitaram o desafio e começaram o Projeto de Jiu-jitsu na comunidade, os oito meninos com melhor disciplina foram selecionados para participar da primeira equipe de jiu-jitsu da comunidade Pereirinha de Penápolis, e eu era um deles. Após 1 mês no jiu-jitsu, infelizmente não conseguiram patrocínio para manter a equipe. Então os professores selecionaram 2 meninos para auxiliar nas atividades da Academia. Eu tinha 14 anos quando comecei a treinar, lembro da minha primeira luta como se fosse hoje, eu era faixa amarela, quando pisei no tatame senti muito frio na barriga e ao mesmo tempo a sensação de prazer de competir. Ouvir a galera gritando meu nome me deu muita força e uma felicidade enorme. Eu não ganhei a luta, mas mesmo com a derrota me senti vitorioso, a adrenalina era grande, nunca imaginei a força que eu tinha e que eu poderia brigar de igual para igual até o último minuto, sai do tatame com vontade de treinar cada vez mais. E assim aconteceu, na próxima competição, um campeonato regional, pude fazer 3 lutas e ser campeão da minha categoria - faixa amarela. A cada luta que eu ganhava, a motivação e a adrenalina sempre aumentavam, eu sentia e sinto até hoje uma felicidade enorme em lutar. Escolhi ser atleta, porque eu amo lutar, gosto da disciplina, sei que sou espelho para muitas pessoas, e isso pode inspirar de forma positiva. O esporte faz bem para o corpo e para a mente, me trouxe paz, e ao mesmo tempo que você tem o poder nas mãos, você tem a segurança e a serenidade de controlar as situações. O jiu-jitsu entrou na minha vida na idade certa, quando a gente é adolescente, temos muitos caminhos para escolher, alguns bons e muitos ruins. Do grupo de futebol, metade infelizmente não escolheu o caminho certo e sou muito grato por ter tido a oportunidade de tão cedo poder praticar o esporte. A partir da luta fiz muitos amigos, alguns com mais condições financeiras, outros mais simples, mas o que eu mais admiro é que dentro do tatame todos são iguais e o respeito é o mesmo. Os pais precisam conhecer os benefícios das artes marciais para o desenvolvimento da criança e do adolescente, você aprende a cumprir seus horários, a ter palavra, saber respeitar quando é sim e quando é não, a ser uma pessoa do bem. Em 2009, descobri que a minha paixão era por lutas em geral e comecei a treinar Muay Thai, uma luta de origem Tailandesa, dinâmica e muito agressiva, utiliza quase todos os membros do corpo humano como armas de combate, trabalha a flexibilidade e a agilidade do corpo, de modo a que seja possível esquivar-se corretamente dos ataques dos adversários. Através do Muay Thai posso desenvolver mais a minha habilidade da luta em pé, enquanto no Jiu-jitsu eu consigo imobilizar o adversário no chão, utilizando sua força e seu peso contra ele mesmo através de golpes nas articulações, principalmente braço e tornozelo, e nos estrangulamentos. Essa mistura de artes marciais são os diferenciais para lutar o MMA, artes marciais mistas, do inglês: mixed martial arts. alexoliveirasjj0@gmail.com | instagram.com/alexpezaomma | www.facebook.com/alexpezaodeoliveira Meu sonho é ser campeão mundial de MMA, tenho amor pela luta, faço com o coração, não tenho maldade nos adversários. Também sou professor, ensino a luta para outras pessoas, e tento mostrar os princípios que a luta transmite. A maioria das pessoas enxergam as lutas como algo ruim, que prega a violência, mas quando você começa a praticar, você enxerga os benefícios que o esporte traz. Eu me sinto muito orgulhoso com o meu comportamento depois das lutas, é um trabalho que faço com amor e satisfação, mesmo machucado ou não, após uma derrota ou vitória, gosto sempre de ir agradecer meus oponentes, perguntar se eles estão bem, pois só através do adversário que você pode lutar, tenho gratidão por eles. Nunca imaginei que aquele time de futebol no interior de São Paulo me transformaria num atleta que está tendo a oportunidade de treinar em Nova York, a capital do mundo, uma cidade que exerce um impacto significativo sobre o comércio, finanças, mídia, arte, moda, pesquisa, tecnologia, educação e entretenimento de todo o planeta, e é aqui onde todos os grandes eventos da luta acontecem. Para mim foi uma permissão de Deus, através do convite do grande mestre Edmar dos Anjos (Muay Thai) Equipe Mantra MMA, pude chegar em Nova York e começar a minha carreira aqui. Em Nova York a vida é muito corrida, o tempo passa muito rápido e você tem que ralar muito. Desde que cheguei aqui conquistei 15 vitórias, passei por uma cirurgia no olho e nariz onde tive que ficar em repouso por 2 meses, longe da família e dos amigos no aniversário, Natal, no Ano Novo. Aprendi a ser resiliente, a encarar os problemas de frente e me adaptar conforme as situações. É mais simples viver assim. O que me faz lutar é o amor pelo esporte, sinto que é natural, que tenho talento pra isso. O sentido de ganhar uma luta é colocar em prática tudo que treinei duro, faço um jogo limpo, tento superar meu próprio limite, e quando você se dedica para a luta, e o resultado é consequência. Dificuldades tenho muitas, mas não adianta a gente ficar reclamando, a vida de atleta tem seus desafios, o principal é conseguir patrocínios, na maioria das vezes os atletas precisam trabalhar para pagar as contas e treinar ao mesmo tempo. Muitas vezes tive que parar de treinar para trabalhar e ajudar em casa. Já trabalhei em horta no sítio, carregando lenha, de motorista de caminhão, servente de pedreiro, segurança, açougue e etc... Lembro das vezes quando dirigia o caminhão carregado de lenha e chorava pensando que o treino estava começando e eu não estava lá. As superações são diárias, muitas dores, cuidados com a alimentação para perder peso, ganhar força, aprimorar as técnicas, a dedicação é intensa, toda vez que eu vou lutar passa um filme na minha cabeça de toda privação que faço para poder ser vitorioso, mas no final tudo vale a pena. O melhor de tudo é minha vitória pessoal, saber que posso superar meus limites a cada treino, todo dia é uma vitória, um aprendizado novo, uma superação. As artes marciais podem ajudar os jovens assim como me ajudou, tem muita doutrina, disciplina, respeito com o próximo, você aprende que com persistência e foco você consegue atingir as metas. Você também fica mais forte para lidar com as situações diárias, tem mais segurança e equilíbrio na vida, aumenta a autoestima, você aprende técnicas de autodefesa, aumenta as relações de amizade, você aprende a respeitar a todos sem distinção, o faixa branca respeita o faixa preta e o faixa preta respeita o faixa branca. Entre os benefícios psicológicos estimula a capacidade de concentração, o controle emocional, o autoconhecimento, o aprendizado com as vitórias e derrotas e principalmente o desenvolvimento do espírito de competitividade sadio. É o melhor caminho para conquistar bem estar físico e emocional ter uma vida saudável e prazerosa. A luta para mim é um caminho para uma vida honesta, serena e de paz. Hoje estou vivendo em Nova York, com o objetivo de ser campeão mundial de Jiu-jitsu e MMA representando o Brasil e a minha querida Penápolis. Alex Luis de Oliveira, atleta profissional de MMA e Jiu-Jitsu

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